Enrolados é um marco na história da Disney: seu 50º filme. E, sinceramente, eles não poderiam ter comemorado melhor. Com um filme mais maduro do que os últimos que tem feitos, e principalmente mais engraçado, o estúdio depois de muito tempo (e fracassos) parece ter encontrado a fórmula certa. O filme iria se chamar Rapunzel, mas com medo de afastar os garotinhos, eles mudaram o nome e ainda fizeram campanha publicitária em torno do Flynn, o que deu certo, pois o filme já se encaminha a marca de 180 milhões de doláres só nos EUA.
Ele começa nos apresentando a história de uma menina que nasceu graças a ajuda de uma flor amarela vinda do Sol que rejuvenesce a quem tocá-la ao mesmo tempo que canta. Uma senhora que deseja sempre ser jovem rapta a criança, que roubou toda a magia da antiga flor, e cuida dela como se fosse sua filha. A menina cresce e, obviamente, deseja sair da torre. A história é basicamente isso. Mas a forma feita é muito boa. Rapunzel não é uma princesa careta que espera seu lindo príncipe. Ela tem atitude, sabe tomar conta de si mesma, diferente das clássicas heroínas como Branca de Neve e Cinderela. Contudo isso não é um defeito naqueles filmes. Para a época era preciso e perfeito. Hoje, nem tanto.
Contando com ótimos personagens, desde Rapunzel até o cavalo Maximus, que mesmo mudo é dono de alguma das melhores piadas, o filme também é ilustrado por bonitas canções composta pelo mestre Alan Meken, especialmente I See The Light, que dificilmente não será indicada ao Oscar. Com isso, a Disney comprova mais uma vez que mesmo após erros (como A Princesa e o Sapo de 2009), ainda sabe fazer boas histórias. Inovando e aprendendo.
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