Pior que ter que suportar filme chato de arte ser ovacionado, é ver filme sem ambição alguma de prêmios ser alfinetado. E é tão gostoso ver certos longas, que mesmo previsíveis e irregulares, te deixam com um sorriso no rosto. Sem pedir mais nada. Uma Manhã Gloriosa é um desses exemplos. Além de ainda funcionar como uma ótima crítica aos limites da televisão.
Becky é uma recém demitida produtora de tevê que é contratada para comandar um tradicional e conservador programa matutino. Em seu primeiro dia, livra-se do âncora e consegue um renomado apresentador. Porém, ele revela-se mais difícil que o esperado. Rachel McAdams entrega um show de carisma, enquanto Harrison Ford faz uma impressionante atuação, conseguindo ótima química com Diane Keaton. Já Jeff Goldblum é quase um figurante de luxo, e Patrick Wilson ainda mostra-se preso a certas limitações.
Apelativo e engraçado, igual ao show retratado, o filme exibe um inspirado roteiro e uma trilha adaptada contagiante. O trabalho de direção de Roger Mitchell faz o café-com-leite, e a edição é bem feita. Peca na inclusão de um bobo, mal usado e desnecessário romance. Entretanto, uma série de outros fatores elevam esta obra a um outro nível: elenco em sintonia, história contemporânea e situações constrangedoramente engraçadas. Uma agradável surpresa, num ano por enquanto fraco de comédias. Contudo, tem sua parcela de erros.
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Interessante notar que o filme vem tendo uma boa recepção aqui no Brasil, diferente dos EUA [pelo o que andei sabendo... hehe]. Estou super curioso pelo elenco e pelo filme em si, gosto de comédias ou melhor dizendo, filmes "despretensioso".
[]s
Olá Rodrigo, o Cinema Atemporal recebeu o Selinho, e como partes das regras indiquei cinco blogs que penso merecer também, e o seu blog foi um deles, esse é o link pra pegar o selo.
http://cinemaatemporal.blogspot.com/2011/04/selo-de-qualidade.html
abraços
Alan Raspante - Também notei isso. Eles costumam errar bastante. Abraços.
diego - Sim sim, muito obrigado. Fiz o mesmo. Abraços.
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