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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

A Árvore (L'abre, 2010)


      A Árvore conta a história de um pai de família, que enquanto dirige, tem um ataque do coração, e o carro bate, bem de leve, numa árvore do lado de sua casa. Então, sua filha começa a conversar com a tal árvore, e acredita que seu pai vive nela agora. Passa oito meses, e as raízes da árvore entram nos encanamentos da casa. O novo namorado da mãe decide que é melhor corta a árvore antes que ocorra maiores estragos, mas a filha não deixa.

      A direção de arte desse filme é fabulosa. A árvore é gigante, imponente, e quando ela começa a avançar sobre casa, se juntando com esta, é maravilhoso. Acho que todo mundo devia ver esse filme só por isso. É como se a casa virasse parte da árvore. E isso é feito de uma maneira tão extraordinária, que seria quase impossível ter sido feita de outro jeito. Ela é meio como uma personagem na história. A fotografia, também é belíssima, com lindas paisagens da Austrália rural.

      O filme ainda é cheio de simbolismos muito bem arquitetados. Quando um dos meninos coloca um prego na árvore, e dela começa a vazar um líquido, parece que o pai realmente esta lá, e acabou de ser cortado. E a cena da menina, no meio do furacão, correndo para os galhos da árvore mostra o que toda criança faria numa situação de perigo: pularia nos colos do pai.

      As interpretações do filme também são ótimas. Os filhos são convincentes, e Charlotte Gainsbourg, como a mãe, entrega mais uma atuação soberba, provando porque é uma das melhores atrizes da nossa geração. Infelizmente, a obra é cheia de personagens estereotipados. O que quase é nada, numa obra tão boa.

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