Pages

sábado, 22 de janeiro de 2011

As Viagens de Gulliver (Gulliver's Travels, 2010)


      Não conheço e nunca li essa clássica história. Vocês podem culpar meus pais que nunca me contaram na hora de dormir, mas a verdade é que As Viagens de Gulliver não é o favorito de ninguém. Se o livro foi um marco na sua época, nada pode compará-lo, então, a esta cópia medonha, que é basicamente uma oportunidade que deram para o Jack Black ter o seu monólogo, tanto que até tem uma cena musical no fim, bem digna dele. Pouco se salva, e muito se descarta desta adaptação. Narra a vida de um entregador de correspondência nova-iorquino, que apaixonado por uma editora, mente sobre uma redação e acaba parando no Triângulo das Bermudas, num lugarzinho chamado Liliput. Tratado como rei, aproveita os confortos oferecidos pelo reino. Mas ao tornar-se chefe do exército, é obrigado a combater um robô gigante (bem estilo Transformers).

      O elenco demonstra estar de férias. Emily Blunt está horrível, na pior atuação de sua carreira; e Chris O'Dowd nunca esteve tão canastrão. Nem Jack Black, que já foi indicado ao Globo de Ouro, ajuda. O único bom é o Jason Segel, como de costume. E só pra variar, o roteiro é pouco inspirado, com piadas que você já viu em dezenas de filmes. E o fato de não explicar o que são as terras da qual ninguém teme ir é deprimente (caso o livro seja assim, entendam que isto é uma crítica do filme).

      Duas ou três cenas deixam o filme menos suportável, e as referências a filmes e séries são ótimas, porém, até aqui eles erram a mão, como a menção incrivelmente bizarra a Avatar. E se os efeitos especiais de uma produção com custo relativamente alto são ruins, quer dizer que algo está errado. A fraca bilheteria mostra isso. Além do esforço que o público precisa ter para acreditar que Jack Black ficaria com Amanda Peet.

**

0 comentários: