Joel e Ethan Coen não precisam provar nada mais para ninguém. Já tem seus Oscars, seus clássicos, e seus dramas absurdos. Então, é por isso que o último filme deles é nada mais, nada menos, do que um remake: amados por uns, e odiados pela maioria. Não vi o original Bravura Indômita, portanto, tudo que comentar aqui é sobre esse filme. Se a refilmagem é desnecessária, não sei, apesar de toda hora os irmãos comentarem que, na verdade, seja uma adaptação mais fiel do livro, e não um remake em si. De qualquer forma, é incontestável que eles acertaram mais uma vez. E, de quebra, conseguiram a maior bilheteria da carreira deles.
Mattie é uma menina de 14 anos que perde o pai, vítima de um assassino profissional. Esperta, insolente e boa em negócios, paga um bêbado chamado Rooster Cogburn, conhecido por ser o mais mortal dos caçadores de recompensas da cidade, para encontrar o tal homem, que coleciona vários nomes, entre eles o de Tom Chaney. Mas quando um policial entra na jogada, as coisas começam a desandar. O único erro nessa adaptação é que parte do elenco não funciona. Jeff Bridges está estranho e muito velho para o papel, enquanto Josh Brolin pouco aparece, não deixando marca. A menina Hailee Steinfeld é talentosa, porém o único realmente bom é o Matt Damon, que novamente foi ignorado pelas premiações.
Apesar disso, os talentosos diretores sabem criar tensão como ninguém. E apoiados numa parte técnica incrível, que rendeu algumas indicações ao Oscar (destaque para a fotografia e a direção de arte), mantém o filme sempre de pé, e ainda foram muito corajosos ao fazerem um faroeste, gênero que até pouco tempo atrás, parecia desacreditado. O roteiro também é de necessária ajuda, com diálogos intensos, bem no estilo Coen de ser. É um filme lento, sem alívios comícos, o que só melhora o ambiente e o nervosismo da situação. Contudo, pode cansar alguns. Comigo, não foi o caso. Mas concordo que foi super valorizado no Oscar. Dez indicações é muita coisa.
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Sem querer, removi os comentários, portanto gostaria de agradecer a Cinéfila por Natureza por ter gentilmente comentado. A vida do blog ainda é curta, então creio que isso não acontecerá de novo. Desculpem pelo transtorno.
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