Santuário (Sanctum, 2011)

      Você já viu esse filme. Se ele se chamava Poseidon ou Do Fundo do Mar, a verdade é que você já viu esse filme. E você sabe disso. O trailer e o pôster não enganam. Altamente produzido pelo milionário e ganhador do Oscar James Cameron, é um filme modesto. Custou apenas 30 milhões de dólares, e resultou num inesperado fracasso de bilheteria nos EUA. Porém, não é um longa ruim. Reconhece que é uma produção B, e portanto nunca tenta ser mais sério do que realmente necessita.

      Frank é um famoso e respeitado explorador de cavernas. Passou sua vida inteira fazendo isso, e até educou seu filho, Joshua, nesse mundo. Atualmente, escava o maior buraco da Terra, em Papua-Nova Guiné. Contudo, um ciclone os prende lá dentro, e eles precisam escapar antes que tudo fica em baixo d'água. Os atores são desconhecidos, e infelizmente, péssimos. Curiosamente, Ioan Gruffudd, que é o mais conhecido e protagonizou Quarteto Fantástico, é o pior de todos.

      O roteiro é fraquíssimo, e a história fraternal nem causa emoção. Na realidade, se a diretora estreante Alister Griesrson não fosse tão competente, acho que o filme não seria tão bom. E não me conformo com a opção dela de deixar que o nome de James Cameron ofuscasse o seu, apesar de ser uma escolha nada egoísta. Ela nunca deixa o filme cair, e mantém a tensão do início ao fim, além de criar cenas lindas. Se as mortes causam algum impacto (desculpe se estraguei a surpresa de alguém dizendo que pessoas morrem, mas acho que é meio óbvio numa obra assim), é devido a ótima trilha sonora. E os efeitos especiais são dignos de terem os de Avatar como exemplo, com um 3D poucas vezes melhor usado. Ajuda na sensação de claustrofobia, e nos incríveis detalhes da caverna. Aposto que se visse em casa no meu DVD, sairia bem menos feliz. Pelo menos não é um total desperdício de tempo.

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