O livro que deu origem a esta obra não é só escrito pelo grande Oscar Wilde, como é também considerado um dos romances mais populares da literatura mundial. Expunha uma faceta dos jovens ingleses do fim do século XIX jamais vista, e consagrou-se pela decadência intelectual destes. Porém, desconhecia a existência do livro, apesar de toda a sua importância. Mas acredito que, se dependesse deste longa, a história já teria sido eventualmente esquecida pelos anos.
Dorian Gray é um lorde britânico que herda um casarão em Londres, para onde se muda. Lá, conhece toda a nobreza do local, incluindo um pintor em anscenção, que faz um auto-retrato dele. Contudo, inconformado com o fato de que pode envelhecer, faz um pacto e toda sua velhice passa para o quadro, enquanto seu corpo nunca muda. Ben Barnes evidencia que a complexidade do personagem é muito para ele, e acaba sendo o ponto mais fraco da obra, enfraquecendo-a demais. Colin Firth demonstra mais uma vez todo seu talento, e Rebecca Hall faz o que pode com a sua pequena participação.
Dirigido sem entusiasmo algum por Oliver Parker, o filme conta com um roteiro fraco e superficial, e não é uma surpresa notar que é apenas o primeiro trabalho de Toby Finlay. Reconstruindo muito bem a época vitoriana do longa, ainda tem uma excelente maquiagem e uma fotografia inspirada. A trilha sonora é convencional e sobe nas horas de suspense, com o simples objetivo de assustar, ao mesmo tempo que a edição é bipolar. Mas, no geral, é abaixo da média. E numa obra que necessitava de força total do protagonista, peca exatamente neste quesito, conferindo um resultado nada dramático.
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Também não gostei, eles escolheram as pessoas erradas para retratar tal história, talvez nas mãos do Mike Leigh ficaria melhor. Não conhecia o livro, e concordo, se dependesse do filme pra alguma pretenção, se perderia em algum lugar.
Não gostei nem um pouco. A crítica sai até em meu site também agora meio dia. Não como o Colin Firth se meteu nessa roubada ai!
Ótimo texto Rodrigo. Eu ainda não conferi e acho que nem irei ao cinema para ver. Vou esperar em DVD e verei sem pressa alguma!
Estou desanimadíssimo pra conferir. Gosto muito do livro, não quero que a versão cinematográfica acabe com essa minha felicidade.
Vish, então quer dizer que é ruim né?
To fora!
Abraços
diego - Exatamente. Abraços.
Equipe Cinema Detalhado - Nem eu. Abraços.
Alan Raspante - Obrigado Alan. E faça isso sim. Abraços.
Gabriel - Então nem veja. Abraços.
bastidoores - É. E muito. Abraços.
Não vi o filme mas depois desta crítica perdi a vontadinha toda de ver...
O livro,por outro lado,é encantador!
Close up! - Deve ser mesmo, já ouvi excelentes comentários sobre ele. Abraços.
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