Sem Limites (Limitless, 2011)

      Assim como Ryan Reynolds depois de A Proposta, Bradley Cooper também precisava provar que era um bom condutor de plateias, num filme mais sério, que portanto, necessitava de uma atuação mais apurada do que aquela vista em Se Beber, Não Case, mesmo que tenha funcionado perfeitamente naquele longa. E, podemos dizer, que apesar de certos problemas, a obra é exatamente o que esse trabalho pedia.

      Eddie é um fracassado escritor, que descobre as maravilhas de uma misteriosa pílula que o transforma em um homem com Q.I. de mais de quatro dígitos, e uma máquina de dinheiro. Mas tal ilegal droga começa a criar efeitos ruins em sua cabeça. Cooper mostra que não tem medo de ficar feio, e entrega uma performance além de suas costumeiras limitações. Abbie Cornish continua sua grande fase iniciada em Brilho de uma Paixão, e Robert DeNiro pouco aparece, contudo segura maravilhosamente suas cenas.

      Abusando de um velho - porém eficaz - truque de fotografia, onde as cenas com as drogas se tornam mais fortes e coloridas, contrapondo o início cinzento, o filme ainda conta com um roteiro cheio de furos, mas que encanta por tentar sair do lugar comum num assunto já bastante explorado, ajudado pela criativa edição e por uma trilha sonora alternativa. Sobra espaço, também, para uma pequena crítica ao mundo farmacéutico, e todas suas diárias invenções. É eficiente e divertido, entretanto, não pense por um minuto que é muito inteligente, por mais que tente te convencer disso.

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