Pânico 4 (Scream 4, 2011)

      Algum tempo atrás, escrevi uma lista com as produções mais esperadas do ano por mim, na qual havia colocado Pânico 4 em sétimo lugar. E não fiz isso por achar que o filme original era realmente muito bom, mas também por acreditar que esta quarta continuação tinha tudo para reaver o sucesso perdido no terceiro longa. Apesar das minhas expectativas terem se revelado altas demais, este longa consegue melhorar sim do anterior, mesmo que contenha alguns erros imperdoáveis.

      Dez anos após os fatais acontecimentos, Sidney Prescott retorna a cidade de Woodsboro para o lançamento de seu livro. Contudo, no exato dia de sua volta, mais uma série de assassinatos começa a ocorrer, e precisa salvar sua pele, de novo, enquanto preocupa-se com a vida de sua sobrinha, Jill. Neve Campbell, David Arquette e Courteney Cox se sentem muito confortáveis com seus personagens, e não perderam o carisma. Porém, os novatos da franquia mostram-se limitados e prejudicam, pois têm mais tempo de tela do que os antigos protagonistas.

      Wes Craven continua sendo um ótimo realizador, nunca tornando o filme chato em suas quase duas horas, e Kevin Williamson demonstra novamente seu talento com a metalinguagem, sempre o ponto forte da cinessérie. Entretanto, as tramas são fracas, há pouco desenvolvimento nos personagens, e ainda somos obrigados a levarmos sustos simplesmente pelo uso da trilha sonora. Mas a grande revelação de quem está por trás de tudo, o grande mote do filme, é plausível e funciona também como uma excelente crítica ao mundo de hoje. O longa apenas não cumpriu o que prometia de forma satisfatória, contudo é um maravilhoso entretenimento.

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