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segunda-feira, 4 de julho de 2011

Passe Livre (Hall Pass, 2011)

      Irregulares por natureza, os irmãos Farelly viram seus filmes caírem de qualidade durante os anos. Sem nunca, ao menos, terem dado grande relevância a câmera e seus atributos, criaram boas obras na década de 90 e custaram a voltar ao auge. Pois, aqui, quase atingem esta meta. Nada realmente espetacular e hilário, mas ao menos te faz rir durante seus 105 minutos. E numa safra, digamos, porca nesse gênero, longas assim deveriam subir aos olhos.

      Rick e Fred são dois maridos que jamais abandonaram sua tara por mulheres. Então, recebem de suas esposas, uma chance de passarem uma semana livre das correntes matrimoniais. Contudo, percebem que se tinham alguma característica boa para conseguir pessoas do outro sexo, estas já haviam sido perdidas há um certo tempo. Owen Wilson e Jason Sudeikis têm boa química e seguram bem o filme, ajudados pelas competentes Jenna Fischer e Christina Applegate. O maior elogio, entretanto, vai a sensacional participação do veterano Richard Jenkins.

      Ainda sem melhorarem sua técnica, os diretores conseguem empregar suavidade suficiente para nos entreter. O roteiro, abusando de momentos embaraçosos, tem uma moral agradável que é passada de forma natural. Perde um pouco de ritmo em seu terceiro ato, e quase fica sentimental demais, mas não estraga a primeira hora. Acaba se tornando, ao seu fim, num dos poucos exemplares engraçados do ano.

***

6 comentários:

  1. Mateus Denardin disse...

    Também fiquei com minhas ressalvas, mas toda aquela ternura e, ao fim, uma certa maturidade e entendimento com os personagens e com a história acabam ganhando o espectador (a última vez em que os cineastas conseguiram isso comigo foi em O AMOR É CEGO).

  2. Gabriel Neves disse...

    Hm, um dos poucos engraçados do ano? Acho que estou precisando, até agora nada me fez rir esse ano, vou procurar.
    Abraços.

  3. Alan Raspante disse...

    Olha, talvez eu até veja, mas não é uma prioridade. Tem cara de ser engraçado, mas, ser totalmente esqueível também....

    []s

  4. bruno knott disse...

    Parece mesmo um bom exemplar do gênero. Dos irmãos Farelly o meu preferido continua sendo Debi e Lóide. Acho que eles sabem como fazer rir...

    Ah sim, quero ver a Jenna Fischer do The Office também. Bom saber que ela está bem aqui!

    Abraços.

  5. Rodrigo Mendes disse...

    Os Farrelly perderam a graça no final dos anos 90! E não gosto do Owen Wilson (tive que aguentar a cara dele recentemente no ótimo Meia Noite Em Paris). Bom, pelo visto você já percebeu quando irei assistir esta fita. Rs!

    Abs. xará
    Rodrigo

  6. Rodrigo disse...

    Mateus Selle Denardin - E sabemos que isso é difícil no gênero. Abraços.

    Gabriel - Sim. Então é quase indispensável. Abraços.

    alan raspante - E como tem. Abraços.

    bruno knott - Também gosto deste. Abraços.

    Rodrigo Mendes - Já. Nunca rs. Abraços.