quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
A Morte e a Vida de Charlie (Charlie St. Cloud, 2010)
Zac Efron tenta. E muito. Mas acho que é impossível tirar esse filme da banalidade. Simplesmente medíocre. É um filme com um tema sério, abordado de maneira infantil. Mostra a vida de um cara chamado Charlie, que perde o irmão. Por ter feito uma promessa a ele logo antes dele morrer, todo dia ao entardecer vai jogar baseball com o falecido. Durante cinco anos. Então se apaixona e tem que decidir se quer seguir em frente com o namoro ou passar o resto da vida brincando de bola com um espírito. Aliás, quase me esqueci, Charlie é um coveiro.
O protagonista é uma das maiores incógnitas da face da terra. Ao mesmo tempo que aparenta ser culto e criador de foras muito bem elaborados, é também infantil, conversa com patos, não entende poemas e chega nas mulheres com frases dignas de pedreiro. Contudo, nada é pior que o seu cabelo. Charlie dorme no cemitério, corre, passa a noite acordado velejando, e o penteado nunca cai. Tornando, de fato, a maquiagem, a melhor parte técnica do filme.
A obra ainda é cheia de furos no roteiro, como o mal-explicado relacionamento com a mãe; e o fato de ter uma direção muito ruim, algo revelado numa cena na qual Charlie conversa com um amigo, e de longe, vemos ele falando sozinho. Para criar um clima de suspense, logo depois vemos a câmera abaixando lentamente na sepultura do amigo, como se não tivéssemos percebido ainda que o cara era um espírito.
Além de tudo isso, ainda temos o pior problema da película: para criar uma reviravolta no final, o roteiro se perde nos seus próprios detalhes, tornando um filme que devia ser visto por garotas fanáticas, confuso. Mas só para não falar mal, destaco a atuação do menino Charlie Tahan, e de Zac Efron, nesse que deve ser o seu melhor filme em termos de performance.
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Sim, oh sim! Todas críticas que li falam mal desta m3rd4. E pelo jeito o filme é ruim mesmo.
Valeu pela dica ae para passar longe.
Te vejo amanhã
matheusfragata - É bem ruim mesmo. E finalmente um comentário seu apareceu. Te vejo amanhã [2].
Concordo com tudo que você apresentou. Mas achei que, mais trágico que a direção, é o roteiro o pior problema no filme. Efron já estava ótimo em 17 OUTRA VEZ, do mesmo diretor, e esse filme foi mesmo um retrocesso, para ambos. Dei uma nota maior, não me pergunte por quê. 3/10 ou 2/5
Mateus Selle Denardin - Acho que ele tem futuro, se escolher melhor seus projetos. Ah, ok, não vo. Abraço.
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