terça-feira, 18 de janeiro de 2011
Tendências: 3D
Quatro anos atrás, o 3D era apenas usado como uma pitada a mais de diversão, em filmes de qualidade duvidosa, onde os objetos do filme voavam direto na nossa cara. Em 2009, James Cameron dicidiu fazer o seu épico Avatar usando essa tecnologia, e ele não poderia ter sido mais feliz com a decisão: seu filme é o único da história a passar da marca dos 2 bilhões de bilheteria. Com isso, em 2010 chegou uma enxurrada de produções querendo um pouco do sucesso conquistado do Avatar. Filmes, que nem foram gravados nesse tipo tecnológico, apenas convertido logo antes de estrear.
No começo deu certo. Alice e Toy Story também passaram do 1 bilhão logo antes das férias de julho. Fúria de Titãs, apesar das péssimas críticas, principalmente envolvendo a conversão para o 3D, que dizem ter deixado o filme confuso (vi ele em 2D), foi bem e uma continuação já está a caminho. E Como Treinar o Seu Dragão, Shrek Para Sempre e Meu Malavado Favorito também emplacaram. Porém, os fracassos se iniciaram: Cães e Gatos 2, Ela Dança, Eu Danço 3D, Sexta-Feira 13 - Parte 2, Piranha 3D, Alpha and Omega (ainda inédito em cinemas brasileiros) e Zé Colméia. Com isso, dúvidas se o 3D era realmente necessário para algum desses filmes (a maioria convertido após a edição) nasceram, alimentadas pelo alto custo do ingresso e pela queda de qualidade nesses filmes (Piranha 3D foi o filme trash do ano, Shrek 4 foi o pior dos quatro da série se tratando de lucro).
Contudo, tivemos sim esse ano filmes que não precisaram da ajuda do 3D para fazerem bonito. A Origem, Harry Potter e Eclipse não apelaram (ainda) e fizeram três bilheterias que estão entre as 50 maiores da história. Mas nem tudo é um mar de rosas. A segunda parte do final de Harry Potter e Amanhecer, infelizmente, serão em 3D, que deixará, pelo que presumo, As Relíquias da Morte na frente do 1 bilhão, a tão desejada marca. Isso sem contar alguns filmes de arte: A Rede Social, Cisne Negro, O Discurso do Rei, O Vencedor e (principalmente) Bravura Indômita estão arrebentando nos EUA, ficando a frente de produções comerciais como Season of The Witch (o novo do Nicolas Cage, sem nome em português), e entrando numa Fria Maior Ainda Com a Família.
Pessoalmente, não curto muito o 3D. Acho que dói a cabeça e machuca os olhos (cliché, eu sei). Mas há quem goste. E quem sou eu para dizer, né? Se grandes como Steven Spielberg, Martin Scorsese e Peter Jackson já estão adotando essa técnica para seus próximos filmes, então talvez seja realmente melhor. Porém, estou do lado de Christopher Nolan, que já declarou que não usaria o tal proclamado marco na história em seus filmes, e ele, pra quem não sabe, dirigiu A Origem, Batman Begins e O Cavaleiro das Trevas. Mas fãs, não esquentem, em 2011 vocês vão ter muito 3D. Só de exemplo: A Garota da Capa Vermelha, Lanterna Verde, Padre e as animações Rio, Carros 2, Kung Fu Panda 2, Smurfs 3D e Happy Feet 2.
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