Filmes brasileiros são considerados pelos críticos como um dos melhores e mais sensíveis atualmente, competindo com os da Romênia e África do Sul. Porém, algo ainda muito triste de notar, é que nós próprios pouco nos importamos com nossas obras. E vendo isso, foram lançados vários longas com diversos temas batidos pelos americanos. Para pegar um exemplo recente, cito As Melhores Coisas do Mundo, que apesar de funcionar perfeitamente como história, é recheado de clichés que não existem em nossas terras, como jornalistas online de colegial. Este aqui, segue o mesmo caminho. E como todo tradicional filme americano, é irregular.
Luiz Mário é um garanhão dono de uma boate, que de tão viciado em mulheres, chega ao ponto de seus amigos o aconselharem a viajar e, quem sabe, se afastar desse caminho, pelo menos levemente. Contudo, no Rio, conhece Malu, uma mulher linda e aventureira. Começam a sair, e logo se estabelecem em São Paulo. Mas a amada não consegue se acostumar com a nova vida, e constantemente retorna à sua cidade. Enciumado, o homem acredita que ela o esteja traindo. Marcelo Serrado convence no papel, enquanto Fernanda de Freitas desponta e entrega uma ótima performance; mas Marjorie Estiano age sem carisma e no automático.
Escrito pelo renomado Marcelo Rubens Paiva, o filme, infelizmente, encontra seus piores erros no roteiro. Situações como a terapia de Malu são deixadas de lado sem esclarecimento e os momentos cômicos falham. Já a direção de Flávio R. Tambellino aposta em nada muito criativo, entretanto não ofende e tampouco atrapalha. E a trilha sonora, apesar de variada, revela-se convencional. Ao fim, é uma decepção notar que um ótimo primeiro ato se perca num jogo de cíumes e paranoias. Se fosse melhor trabalhado, e não seguisse as riscas o estilo americano, convenceria absurdamente mais.
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Uma pena que deixa a desejar. Estava esperançoso em relação a este filme.
Abs.
Eu quero ver, ainda mais porque adoro Marcelo Serrado, mas sei que não vai ser nenhuma obra-prima.
abs
Alan Raspante - Também. Abraços.
Cristiano Contreiras - Com este pensamento, talvez goste mais do que eu. Abraços.
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