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sábado, 27 de agosto de 2011

Minha pausa e filmes

      Como vocês puderam notar, me ausentei do blog por um tempo. Um longo tempo, aliás. Isso aconteceu devido a viagens feitas no mês de julho e provas em agosto. Agora, porém, acho que conseguirei voltar as minhas atividades normais. Contudo, são muitos filmes para comentar, portanto dividirei todos em dois ou três grandes posts com pequenos comentários. Desculpem mesmo pelo problema e pela recorrente falta de aviso.

O Poder e a Lei (The Lincoln Lawyer, 2011)
Apesar do batido tema, O Poder e a Lei tem ótimas reviravoltas e mantém a atenção do espectador durante todo o filme. O personagem caiu como uma luva na persona de Matthew McConaughey, em uma de suas melhores interpretações. O elenco de apoio ainda é de grande ajuda, com exceção de Ryan Phillipe, que pouco cresceu desde o início de sua carreira. O diretor só perde a mão nas cenas onde o personagem fica bêbado, porém é perdoável. Uma boa pedida aos fãs do gênero.
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Sobrenatural (Insidious, 2010)
Todas as boas qualidades do filme ocorrem em seu primeiro ato. Quando ainda não apela para os habituais clichés, a obra desenvolve seus personagens e deixa um clima tenso no ar. Contudo, como já disse, se deixa cair nos perigos do terror. E se Rose Byrne constrói uma personagem intrigante, Patrick Wilson é atrapalhado por uma surpresa dispensável do roteiro, que esquece de revelar algumas das principais perguntas. Uma pena, pois parecia acima da média.
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Incêndios (Incendies, 2010)
Indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro desse ano, esta obra canadense se revela o segundo melhor longa da lista, perdendo apenas para para Um Mundo Mulher. Com personagens interessantes, uma narrativa densa e uma reviravolta que, mesmo não sendo completamente coerente, serve como um desfecho digno. Lubna Azabal transforma Nawal na alma da obra, enquanto Maxin Gaudette e Mélissa Désormeaux-Poulin ajudam na composição deste ótimo filme.
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Carros 2 (Cars 2, 2011)
A Pixar é dona de um currículo invejoso, incluindo algumas das animações mais extraordinárias da história. Portanto, é no mínimo estranho, que esta sequência tenha feito tantos erros. Apesar de ser bem feita e divertida, as piadas não funcionam, as perseguições são genéricas e a escolha de colocar Mate como protagonista é errada, transformando um alívio cômico numa tortura combinação de gags clichés. Só esperamos que seja um caso isolado, pois ninguém é perfeito.
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Eu Sou o Número Quatro (I Am Number Four, 2011)
Adaptado de um livro medíocre com uma mitologia criativa feito para adolescentes, o filme é, pelo menos, superior ao seu material de origem. Contudo, isso não quer dizer muita coisa. Sem trazer nada de novo, a obra conta com um elenco fraco (nem o excelente Timothy Olyphant coopera), diálogos risíveis e uma direção amadora. As músicas dão um gás a mais, e a história é atraente, mas ambos não são créditos do longa. É a preparação de uma franquia, mas não creio que irá para frente.
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Padre (Priest, 2011)
O tema é bom, o contexto que eles criam é interessante, os efeitos especiais são perfeitos e a fotografia é impecável. Entretanto, tudo isso ocorre por cima de personagens chatos e uma trama maçante. Paul Bettany e Karl Urban estão muito bem, mas Alan Dale e Christopher Plummer são mal usados. Felizmente, dura pouco e as cenas de ação são envolventes. Porém, o gosto amargo de que poderia ser muito melhor permanece por um tempo.
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Brasil Animado (Idem, 2011)
A primeira incursão brasileira no 3D com um longa-metragem se revela uma grande homenagem ao nosso país, mostrando algumas das nossas mais lindas paisagens e principais pontos turísticos. Nem as piadas utilizadas até dizer chega, a previsível reviravolta e a falta de recursos estragam este belo presente do cinema ao Brasil, pois qualquer verdadeiro patriota se sentirá orgulhoso vendo este longa. Já que, acima de tudo, tem alma. E isso basta.
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3 comentários:

  1. Alan Raspante disse...

    Ah, amador, sabe que faz falta né? Pelo amor, hein? Some assim não... Manda um sinalzinho de fumaça ao menos! rs

    Enfim, que bom que voltou ;)

    Acredita que não vi nenhum desses comentados? Fiquei doidinho pra ver "Incêndios" e até "Padre" que parecia tão medíocre para mim...

    Abs.

  2. Mateus Denardin disse...

    Hum, bom que retornou aos textos de Cinema! Dos que eu vi dessa sua primeira lista:

    -> SOBRENATURAL: gosto bastante da primeira metade e, embora não me agrade os rumos que a trama tome, acho corajoso que o filme leve sua ideia até o limite. Ainda assim, é um filme que retoma o temor que quase todos filmes do gênero não conseguem passar, além de trazer ótimas referências a clássicos. [6/10]

    -> CARROS 2: superdivertido; achei que o humor, sim, funcionou, e não vi nada de mal em um antigo coadjuvante virar protagonista. Visualmente deslumbrante como não se via na Pixar desde WALL-E, está entre os melhores entretenimentos do estúdio. [7/10]

    -> EU SOU O NÚMERO QUATRO: tem uma ou outra cena envolvente, quando a montagem não fica absurda (como nos momentos iniciais). Trilha mal usada, clichê em tudo, muito fraco. [4/10]

    -> PADRE: não há o que possa ressalvar de seu texto: corcordo com tudo. Fiquei absolutamente fascinado à época com os efeitos visuais (possivelmente os melhores do ano, na minha opinião), com a direção de arte e a fotografia -- enfim, o quesito artístico-visual do filme. A trama geral me interessou muito, só que faltou melhor direção e um roteiro menos convencional. Espero que haja continuações, e que trabalhem melhor o produto que têm em mãos. [6/10]

  3. Rodrigo disse...

    alan raspante - Bom, pelo menos só Incêndios é realmente excelente dessa lista. Abraços.

    Mateus Selle Denardin - Uau, belos comentários. Concordamos na maioria deles. Abraços.